Após postar o segundo episódio das Crônicas do desastre financeiro, onde nosso protagonista Joãozinho resolveu virar trader, me lembrei de um estudo publicado pela FGV em 2019, que apontou que viver de daytrade é quase impossível, porém cada vez mais brasileiros praticam tal modalidade de investimento/especulação (clique aqui caso queira ver a matéria na íntegra). Diante da relação entre os temas resolvi fazer uma pequena análise do estudo, trazendo aqui alguns dados e tecendo comentários a respeito. Vamos lá?
O estudo foi encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e se concentrou em dois tipos de ativos normalmente negociados no day trade: contratos de mini-índice e contratos de mini dólar (lembram-se de Joãozinho operando mini dólar? Clique aqui caso queiram ver). O período de análise foi de 6 anos (2012 a 2017).
Nos casos parecidos com o do nosso Joãozinho (mini dólar) os números são alarmantes: de 14.748 pessoas que operaram entre 2013 e 2015, 13.612 pessoas acabaram desistindo da empreitada... será que desistiram porque lucraram demais e se aposentaram? Hehehehe bem provável que não...
Os "heróis" da resistência do mini dólar, 1.131 pessoas que ficaram operando por mais de um ano, 938 (83%) tiveram prejuízo, ou seja, somente 193 pessoas saíram com saldo positivo... pena que o estudo não mostrou o quão positivo foi esse saldo, porque sinceramente não imagino que mais de uma dúzia de pessoas saíram com um lucro considerável durante todo esse período, de forma que valesse mais a pena fazer trade do que gastar o tempo com outra atividade, como ser motorista de aplicativo.
Sinceramente eu preferirira dirigir para a Uber ou outro equivalente do que passar raiva por 1 ano com altos e baixos numa operação complexa, volátil e de comportamento caótico.
Quando o estudo passa a analisar os contratos de mini-índice a situação fica pior: mais pessoas (19.721) operaram e 92,1% desistiram (18.163), e dos 1.558 que persistiram por mais de 300 pregões (o ano tem 252 dias úteis, desconsiderando eventuais feriados em São Paulo, onde fica a sede da B3), 91% (1417) tiveram prejuízo...
Mas o pior ainda está por vir: dos 140 que conseguiram lucrar, apenas 13 pessoas conseguiram tirar uma média de R$300,00 por dia... uma quantidade muito pequena de pessoas para um universo tão grande... aqui eu volto novamente para a ideia de dirigir para um aplicativo, por incrível que pareça as chances de se perder o dinheiro num furto ou roubo me parecem menores rsrsrsrs
Até a próxima!
Nos casos parecidos com o do nosso Joãozinho (mini dólar) os números são alarmantes: de 14.748 pessoas que operaram entre 2013 e 2015, 13.612 pessoas acabaram desistindo da empreitada... será que desistiram porque lucraram demais e se aposentaram? Hehehehe bem provável que não...
Os "heróis" da resistência do mini dólar, 1.131 pessoas que ficaram operando por mais de um ano, 938 (83%) tiveram prejuízo, ou seja, somente 193 pessoas saíram com saldo positivo... pena que o estudo não mostrou o quão positivo foi esse saldo, porque sinceramente não imagino que mais de uma dúzia de pessoas saíram com um lucro considerável durante todo esse período, de forma que valesse mais a pena fazer trade do que gastar o tempo com outra atividade, como ser motorista de aplicativo.
Sinceramente eu preferirira dirigir para a Uber ou outro equivalente do que passar raiva por 1 ano com altos e baixos numa operação complexa, volátil e de comportamento caótico.
Quando o estudo passa a analisar os contratos de mini-índice a situação fica pior: mais pessoas (19.721) operaram e 92,1% desistiram (18.163), e dos 1.558 que persistiram por mais de 300 pregões (o ano tem 252 dias úteis, desconsiderando eventuais feriados em São Paulo, onde fica a sede da B3), 91% (1417) tiveram prejuízo...
Mas o pior ainda está por vir: dos 140 que conseguiram lucrar, apenas 13 pessoas conseguiram tirar uma média de R$300,00 por dia... uma quantidade muito pequena de pessoas para um universo tão grande... aqui eu volto novamente para a ideia de dirigir para um aplicativo, por incrível que pareça as chances de se perder o dinheiro num furto ou roubo me parecem menores rsrsrsrs
Até a próxima!
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